sábado, 6 de novembro de 2010

DEPENDÊNCIA E CO-DEPENDÊNCIA EMOCIONAL


“Ando à procura de alguém...
que preencha os vazios da minha vida, que mate minha fome de intimidade,
que me transmita segurança, que tire meu pânico da solidão,
Ando à procura... do amigo ideal!” (Antoine de Saint-Exupére)


Dependência: estar preso ou escravizado a pessoa(s) ou coisa(s) que lhe dê(em) prazer
Codependência: estar atrelado a ser útil ou estar disponível a um dependente, partilhando e revesando com ele o lugar de dependente emocional
Dependência é a condição resultante quando a constante presença e carinho de outra pessoa são considerados necessários para a nossa segurança pessoal. Em outras palavras, quando o nosso valor, paz de espírito, estabilidade interior e felicidade estão ancorados em uma pessoa e na reação dessa pessoa para conosco, estamos emocionalmente dependentes.
Codependência é a condição resultante de colocar no proporcionar bem-estar ao outro a própria condição de utilidade e sentido de vida. Em outras palavras, quando o nosso valor ou impulso de vida passam a ser as demandas do outro, mesmo que ajamos reclamando da sobrecarga emocional, física ou financeira que tal escolha acarreta. Para o codependente o prazer da vida está em perceber-se indispensável à vida do outro e, quando muito receber um obrigado ou coisa semelhante, por isto, inconscientemente, investe em mantê-lo na condição de dependente de suas ações e controle.
O dependente vive o drama da busca perene de sua identidade, ansiando que alguém o qualifique. O codependente persegue constante e ininterruptamente a aprovação, correndo atrás de que pessoa ou grupo que ratifique suas ações sacrificiais.
Quando nos deparamos com o capítulo 15 do evangelho de João, podemos compreender que Jesus é o fantástico amigo que o dependente busca, pois lhe dará uma identidade eterna e única que o qualificará diante de Deus e dos homens, mediante a fé, e ainda promete lhe ser eternamente amigo inseparável e bastante!
“Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós,
pedi o que quiserdes, e vos será feito.” Jo 15.7
Diante do mesmo texto bíblico, o codependente encontra em Jesus a garantia da sua aprovação e da ratificação de seus atos diante de Deus e dos homens, bastando somente agir como seguidor fiel de Cristo por causa do amor e graça imensuráveis do Pai. Ou seja, o codependente pode clarear para si mesmo a sua real carência e assumir-se como tão dependente como aqueles a quem deseja ajudar, redirecionando seu anseio de ajudar para apontar a saída única para a cura da dependência emocional: Deus.
“Tenho lhes dito estas palavras para que a minha alegria esteja em vocês
e a alegria de vocês seja completa.” Jo 15.11
 



Características comuns de uma pessoa dependente emocional:
·         É muito ciumenta, possessiva e exige atenção exclusiva para ela.
·         Considera as outras pessoas como ameaças ao relacionamento com a pessoa em questão.
·         Prefere passar muito tempo a sós com o objeto de sua dependência.
·         Fica irracionalmente irritado ou depressivo quando a pessoa afasta-se ainda que seja por pouco tempo.
·         Não tem interesse por outras amizades ou relacionamentos.
·         Desenvolve fantasias românticas ou sexuais envolvendo a outra pessoa.
·         Fica preocupada com a aparência, personalidade, problemas ou interesses da outra pessoa.
·         Não faz planos a curto, médio e longo prazo sem envolver a outra pessoa.
·         Não vê os defeitos da outra pessoa de forma realista.
·         Demonstra afeição física inapropriada em uma amizade.
·         Comporta-se com a pessoa em questão de forma constrangedora a outras pessoas presentes.
·         Sempre fala sobre a outra pessoa e sente liberdade de falar por ela.
Características comuns de uma pessoa codependente emocional:
·         Mantém o controle através de apoio ou negação financeira.
·         Cultiva o relacionamento com atos exagerados de romantismo e presentes constantes.
·         Demonstra sua inveja ou ciúme inconsciente ao procurar vestir-se igual ao outro.
·         Vive a falar de suas carências e supostas incompetências de forma excessiva.
·         Usa a culpa e/ou a condenação para desqualificar o outro.
·         Faz uso de ameaças para tentar amedrontar o outro, de modo a impor sua vontade sobre ele.
·         Provoca ou instiga boicote dos relacionamentos da outra pessoa com terceiros.
·         Estimula a insegurança da outra pessoa, através de menosprezo  ou críticas sobre seus planos.
·         Abusa, de forma sedutora até, do tempo da  outra pessoa.
De onde provém a dependência emocional
·         A dependência emocional provém de rejeição real ou imaginária por parte de pessoas significativas na vida de uma pessoa.
·         Necessidade não satisfeita de amor e aprovação.
·         Baixa auto-estima.
·         Fracasso ou recusa em aceitar maturidade nos relacionamentos.
·         Falta de confiança nas pessoas e necessidade de ter o controle na mãos.
·         Solidão, insegurança.
·         Raiva e amargura para com o sexo oposto.
·         Rebelião.
Como abandonar a dependência emocional
·         Faça um compromisso de ser honesto com você mesmo, com Deus e com uma pessoa de sua confiança.
·         Renuncie a idolatria inerente à dependência emocional.
·         Estabeleça limites relacionais e pessoais.
·         Prepare-se para enfrentar a tristeza da perda do “ídolo” e até mesmo para uma possível depressão.
·         Comece a lidar com a raiz do referido problema. Seja paciente, você sairá do império e da tirania da dependência emocional.

Como será a vida após a dependência emocional
·         Você terá um relacionamento mais profundo com Deus.
·         Sentirá um amor mais saudável por si mesmo.
·         Terá uma liberdade maior para amar o próximo.

PRINCÍPIO 3: Conscientemente escolho confiar toda minha vida e minha vontade aos cuidados e controle de Cristo.
PASSO 3: Decidimos entregar nossas vidas e nossas vontades aos cuidados de Deus.
Portanto, meus irmãos, por causa da grande misericórdia divina, peço que vocês se ofereçam completamente a Deus como sacrifício vivo, dedicação ao seu serviço e agradável a Ele. Esta é a verdadeira adoração que vocês devem oferecer.” (Rm 12.1, BLH)

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